No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) realizado hoje no Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), espera-se que a partir
das 12H00 de amanhã o território continental seja afetado por uma depressão com forte atividade, cujos efeitos se farão sentir até às 12H00 de 2ª feira, 10FEV:
- Precipitação forte a partir do final do dia, com especial incidência nas regiões do litoral durante a madrugada;
- Vento a soprar forte a muito forte no litoral e terras altas com rajadas da ordem dos 130 km/h, podendo haver condições para a formação de fenómenos extremos mais localizados
- Agitação marítima muito forte com ondas a atingir 10 m de altura significativa em toda a costa ocidental, não sendo de excluir picos de ondulação mais elevados.
Situação Hidrológica
Bacias dos rios Lima, Cávado, Tâmega, Vouga, Mondego e Tejo susceptíveis à ocorrência de cheias, nas zonas historicamente mais vulneráveis.
Acompanhe as previsões meteorológicas em www.ipma.pt.
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
- Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água ou acumulação de neve ou gelo;
- Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
- Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
- Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
- Danos em estruturas montadas ou suspensas e quedas de árvores;
- Possíveis acidentes na orla costeira;
- Danos em estruturas junto à orla costeira;
- Fenómenos de galgamento costeiro, agravados para a fragilidade atual da orla costeira;
- Acidentes geomorfológicos causados pela instabilidade de vertentes associados à saturação dos solos e perda de consistência
Medidas Preventivas
A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a
observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Não circular no interior das matas e florestas;
- Reforçar os mecanismos de fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- Evitar circular e permanecer junto de áreas arborizadas, nomeadamente matas nacionais, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
- Evitar circular ou permanecer junto à orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros
- Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos na orla marítima;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
Face à presente previsão, a ANPC eleva o Estado de Alerta Especial (EAE), para o nível AMARELO, do Sistema Integrado de Operações de Socorro (SIOPS) para o Dispositivo Integrado de Operações de Protecção e Socorro
(DIOPS) para todos os distritos entre as 09H00 de 09FEV14 e as 14H00 de 10FEV14.
A ELEVAÇÃO do EAE pressupõe um incremento da monitorização e a intensificação, por parte do dispositivo de resposta, de acções preparatórias para eventuais intervenções.